domingo, 19 de dezembro de 2010
Caras leitoras e leitores:
Vamos ver o que acham.
Este é o blog que criei no sapo: http://loveandotherdisasters.blogs.sapo.pt/
Qual preferem este ou o novo?
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Qual preferem este ou o novo?
sábado, 18 de dezembro de 2010
Opiniões sff
Estou a pensar deixar o blogspot e mudar o blog para o sapo. Parece-me mais bonitinho.
Sim? Não? Talvez?
Sim? Não? Talvez?
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Os 30 seconds to mars em Lisboa e o Jared Leto do tamanho de uma formiguinha

Jared Leto e a sua banda deram um dos melhores concertos do ano (sendo que o melhor foi o de Jamie Cullum) e desta feita cantaram as minhas 3 músicas favoritas: a beautiful lie, attack e the kill.
Aquele momento em que ele canta o the kill sem banda foi qualquer coisa de especial, muito bom. Fiquei muito agradecida.
Gostei ainda dos momentos em que toda a gente tirou os telemóveis para fora e ficou um pavilhão repleto de luzinhas, gostei do bocado do "Bad Romance" que ele cantou (muito melhor que a GaGa) e gostei de todas as conversas e piadas que ele teve/fez com o público.
Jared, prometeste que voltavas e eu espero que sim mas quero que seja para o coliseu.
Um aspecto negativo foi as demasiadas vezes em que ficou o público a cantar e tu a ouvir, peço desculpa mas as pessoas pagam não é para se ouvirem umas às outras mas, sim, para te ouvirem a ti.
Do you know what I love the most about Portuguese people? You are a lot like me. You are survivors. By Jared Leto (ou qualquer coisa de muito parecida a isto, não me lembro das palavras exactas.)
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Vamos falar de... qual a vossa música preferida dos Beatles?
Eu tenho duas preferidas e não consigo escolher entre elas, aqui ficam:
Agora quero saber, qual a vossa?
Agora quero saber, qual a vossa?
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
Best TV Couples - parte I
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Al final del camino – A caminho de Santiago; Brothers – Entre irmãos

Quem acha que os espanhóis não têm sentido de humor e que o cinema e as séries que eles realizam não prestam, fica aqui o aviso: ESTÃO MUITO ENGANADOS.
A caminho de Santiago deve ter passado despercebido à maioria de vocês, no entanto este filme foi uma das comédias mais divertidas que vi este verão.
A história e a visão são bastante diferentes da típica comédia norte-americana, o que lhe dá uma frescura muito bem-vinda. As personagens são bem exploradas e apesar de algumas situações que são um pouco previsíveis conseguem compensar tão bem com as que não estamos nada à espera.
Quem é que não gostou dos exercícios estranhos que o guru mandava realizar? Quem é que não partiu o coco a rir com o exercício das vendas? Quem não gostou do “casal gay”?
Divertidíssimo, se não viram… resolvam isso.
Nota: 15/20

Brothers – Entre irmãos
O que eu odeio o Tobey Maguire é compensado com o quanto eu gosto da Natalie e do Jake.
Perante um filme que é dividido em duas histórias, dois cenários e dois conjuntos de personagens não é com grande espanto que constato que adoro a história, o sofrimento e a aproximação que se passa entre o Jake e a Natalie mas que não posso com as cenas do pobre Tobey que luta contra a situação em que se encontra capturado no Iraque.
Tenho a certeza que se a personagem do Tobey fosse interpretada por outro actor eu teria apreciado muito mais esta vertente do filme e não me teria irritado tanto com os gritos e a cara de parvo do mesmo.
Percebo, quando leio o que outros escreveram sobre este filme, quando falam da excelente performance de Maguire e em como o interesse do filme reside exactamente na história da personagem mas infelizmente não consegui superar a embirração e apreciar na totalidade a complexidade da situação e da personagem.
Nota: 14/20
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
Vamos falar de... árvores de Natal
Será que Picasso gostava assim tanto do seu electricista? Hum..
O estranho caso do electricista francês que tinha 271 obras desconhecidas de Picasso
Por Cláudia Carvalho
O advogado do legado Picasso diz que é um caso chocante. Quase três centenas de obras do pintor que revolucionou a arte do século XX foram inesperadamente reveladas em França
________________________________________
Descobrir centenas de obras inéditas de um dos pintores mais importantes do século XX é o sonho de qualquer um. Mas o problema desta história é exactamente ser demasiado boa para ser verdadeira. Um electricista francês de 71 anos revelou que tem uma colecção de 271 obras desconhecidas do pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973).
A colecção foi examinada por especialistas e as obras, que datam do início do século XX, entre 1900 e 1932, têm um valor estimado de 60 milhões de euros. Entre as descobertas figuram nove colagens cubistas no valor de 40 milhões de euros e uma aguarela do período azul.
"Isto foi uma surpresa para Claude Picasso e toda a gente", disse ao PÚBLICO Jean-Jacques Neuer, advogado da Administração Picasso.
Segundo o jornal francês Libération, que avançou ontem com a extraordinária notícia, as obras só foram agora descobertas porque o electricista, Pierre Le Guennec, entrou em contacto com Claude Picasso, filho do artista e responsável pelo legado do pintor, para obter os certificados de autenticidade.
Não é normal
Em Janeiro, o electricista terá enviado, juntamente com algumas fotografias das obras, uma carta ao herdeiro de Picasso a contar que tinha em sua posse vários trabalhos do pai e que gostaria de vê-los autenticados.
"É a primeira vez que isto acontece, estamos a falar de duas centenas de obras de Picasso que não estão catalogadas", disse Jean-Jacques Neuer, explicando que o caso foi entregue à polícia em Setembro, depois de Claude Picasso ter decidido contactar Pierre Le Guennec e a sua mulher para perceber a origem das obras.
"Não é normal estas obras não estarem catalogadas, não é normal uma pessoa ter tantos trabalhos de Picasso em sua posse e ninguém saber e por isso é preciso investigar", explicou o advogado que defende os interesses dos herdeiros do pintor.
Pierre Le Guennec, actualmente reformado, alega ter sido electricista de Picasso nos últimos três anos de vida do pintor, que morreu aos 91 anos. Le Guennec disse ao Libération que instalou sistemas de alarme nas diferentes casas de Picasso, incluindo na sua casa de Cannes, onde muitos trabalhos estariam armazenados. Como forma de agradecimento pelo trabalho, Picasso e a sua mulher terão dado as várias obras de arte de presente ao electricista em diferentes ocasiões.
Os herdeiros do pintor não acreditam na história do electricista e decidiram apresentar queixa por roubo contra o antigo operário. Para Claude Picasso, o seu pai nunca daria a ninguém uma quantidade tão grande de obras. "Nunca se viu, não faz sentido, é parte da sua vida", disse ao Libération o herdeiro, acrescentando que a justiça deve resolver este mistério. "É verdade que Picasso sempre foi bastante generoso. Mas ele datava e assinava sempre as suas doações, porque sabia que algumas pessoas acabariam por vendê-las", concluiu.
Para Pedro Lapa, antigo director do Museu do Chiado - Museu Nacional de Arte Contemporânea, toda esta história é muito estranha e deve mesmo ser investigada. "São obras que têm um valor histórico muito grande e por isso seria pouco provável que Picasso as cedesse a um electricista", explicou Pedro Lapa. "Esses trabalhos encontrados são de um período muito importante de Picasso, têm um valor enorme e por isso sempre foram muito cobiçados por museus e o próprio Picasso sabia disso, não as ia oferecer assim", acrescentou o antigo director do Museu do Chiado, que organizou uma exposição de Picasso no museu de Lisboa em 1997. Lapa interroga-se por que razão só quase 40 anos depois Pierre Le Guennec revelou as obras.
"Não dá para entender o que aconteceu, mas o caso já está a ser investigado e por isso há pormenores que ainda não podem ser adiantados", explicou o responsável pelo caso.
Entre as descobertas figuram retratos da sua primeira mulher Olga, bem como vários guaches e litografias. O tesouro de Picasso estava guardado na garagem da residência do casal, na Côte d"Azur, no Sul de França. Já foi confiscado e as obras estão agora guardadas no cofre do departamento francês contra o tráfico de bens culturais (OCBC). Apesar de se terem declarado inocentes, Pierre Le Guennec e a sua mulher vão ter agora que explicar em tribunal toda a história destas peças e porque só agora decidiram pedir os certificados de autenticidade.
O que vai acontecer às obras de arte e para onde vão são pormenores que ainda não se sabem. "Primeiro temos que resolver o caso. Neste momento, o mais importante é preservar e organizar todas as obras descobertas", concluiu o advogado da família Picasso.
Por Cláudia Carvalho
O advogado do legado Picasso diz que é um caso chocante. Quase três centenas de obras do pintor que revolucionou a arte do século XX foram inesperadamente reveladas em França
________________________________________
Descobrir centenas de obras inéditas de um dos pintores mais importantes do século XX é o sonho de qualquer um. Mas o problema desta história é exactamente ser demasiado boa para ser verdadeira. Um electricista francês de 71 anos revelou que tem uma colecção de 271 obras desconhecidas do pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973).
A colecção foi examinada por especialistas e as obras, que datam do início do século XX, entre 1900 e 1932, têm um valor estimado de 60 milhões de euros. Entre as descobertas figuram nove colagens cubistas no valor de 40 milhões de euros e uma aguarela do período azul.
"Isto foi uma surpresa para Claude Picasso e toda a gente", disse ao PÚBLICO Jean-Jacques Neuer, advogado da Administração Picasso.
Segundo o jornal francês Libération, que avançou ontem com a extraordinária notícia, as obras só foram agora descobertas porque o electricista, Pierre Le Guennec, entrou em contacto com Claude Picasso, filho do artista e responsável pelo legado do pintor, para obter os certificados de autenticidade.
Não é normal
Em Janeiro, o electricista terá enviado, juntamente com algumas fotografias das obras, uma carta ao herdeiro de Picasso a contar que tinha em sua posse vários trabalhos do pai e que gostaria de vê-los autenticados.
"É a primeira vez que isto acontece, estamos a falar de duas centenas de obras de Picasso que não estão catalogadas", disse Jean-Jacques Neuer, explicando que o caso foi entregue à polícia em Setembro, depois de Claude Picasso ter decidido contactar Pierre Le Guennec e a sua mulher para perceber a origem das obras.
"Não é normal estas obras não estarem catalogadas, não é normal uma pessoa ter tantos trabalhos de Picasso em sua posse e ninguém saber e por isso é preciso investigar", explicou o advogado que defende os interesses dos herdeiros do pintor.
Pierre Le Guennec, actualmente reformado, alega ter sido electricista de Picasso nos últimos três anos de vida do pintor, que morreu aos 91 anos. Le Guennec disse ao Libération que instalou sistemas de alarme nas diferentes casas de Picasso, incluindo na sua casa de Cannes, onde muitos trabalhos estariam armazenados. Como forma de agradecimento pelo trabalho, Picasso e a sua mulher terão dado as várias obras de arte de presente ao electricista em diferentes ocasiões.
Os herdeiros do pintor não acreditam na história do electricista e decidiram apresentar queixa por roubo contra o antigo operário. Para Claude Picasso, o seu pai nunca daria a ninguém uma quantidade tão grande de obras. "Nunca se viu, não faz sentido, é parte da sua vida", disse ao Libération o herdeiro, acrescentando que a justiça deve resolver este mistério. "É verdade que Picasso sempre foi bastante generoso. Mas ele datava e assinava sempre as suas doações, porque sabia que algumas pessoas acabariam por vendê-las", concluiu.
Para Pedro Lapa, antigo director do Museu do Chiado - Museu Nacional de Arte Contemporânea, toda esta história é muito estranha e deve mesmo ser investigada. "São obras que têm um valor histórico muito grande e por isso seria pouco provável que Picasso as cedesse a um electricista", explicou Pedro Lapa. "Esses trabalhos encontrados são de um período muito importante de Picasso, têm um valor enorme e por isso sempre foram muito cobiçados por museus e o próprio Picasso sabia disso, não as ia oferecer assim", acrescentou o antigo director do Museu do Chiado, que organizou uma exposição de Picasso no museu de Lisboa em 1997. Lapa interroga-se por que razão só quase 40 anos depois Pierre Le Guennec revelou as obras.
"Não dá para entender o que aconteceu, mas o caso já está a ser investigado e por isso há pormenores que ainda não podem ser adiantados", explicou o responsável pelo caso.
Entre as descobertas figuram retratos da sua primeira mulher Olga, bem como vários guaches e litografias. O tesouro de Picasso estava guardado na garagem da residência do casal, na Côte d"Azur, no Sul de França. Já foi confiscado e as obras estão agora guardadas no cofre do departamento francês contra o tráfico de bens culturais (OCBC). Apesar de se terem declarado inocentes, Pierre Le Guennec e a sua mulher vão ter agora que explicar em tribunal toda a história destas peças e porque só agora decidiram pedir os certificados de autenticidade.
O que vai acontecer às obras de arte e para onde vão são pormenores que ainda não se sabem. "Primeiro temos que resolver o caso. Neste momento, o mais importante é preservar e organizar todas as obras descobertas", concluiu o advogado da família Picasso.
- Público, 29.11.2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
“The more things change, the more they stay the same. I’m not sure who the first person was who said that - probably Shakespeare, or maybe Sting. But at the moment, it’s the sentence that best explains my tragic flaw: my inability to change.
I don’t think I’m alone in this. The more I get to know other people, the more I realize it’s kind of everyone’s flaw. Staying exactly the same for as long as possible, standing perfectly still … it feels better somehow. And if you are suffering, at least the pain is familiar. Because if you took that leap of faith, went outside the box, did something unexpected … who knows what other pain might be waiting out there? Chances are, it could be even worse.
So you maintain the status quo, choose the road already traveled, and it doesn’t seem that bad, not as far as flaws go. You’re not a drug addict, you’re not killing anyone … except maybe yourself a little.
When we finally do change, I don’t think it happens like an earthquake or an explosion where all of a sudden we’re this different person. I think it’s smaller than that, the kind of thing most people wouldn’t notice unless they looked really, really close - which, thank God, they never do.
But you notice it. Inside of you, that change feels like a world of difference. And you hope it is - that this is the person you get to be forever. That you’ll never have to change again.”
I don’t think I’m alone in this. The more I get to know other people, the more I realize it’s kind of everyone’s flaw. Staying exactly the same for as long as possible, standing perfectly still … it feels better somehow. And if you are suffering, at least the pain is familiar. Because if you took that leap of faith, went outside the box, did something unexpected … who knows what other pain might be waiting out there? Chances are, it could be even worse.
So you maintain the status quo, choose the road already traveled, and it doesn’t seem that bad, not as far as flaws go. You’re not a drug addict, you’re not killing anyone … except maybe yourself a little.
When we finally do change, I don’t think it happens like an earthquake or an explosion where all of a sudden we’re this different person. I think it’s smaller than that, the kind of thing most people wouldn’t notice unless they looked really, really close - which, thank God, they never do.
But you notice it. Inside of you, that change feels like a world of difference. And you hope it is - that this is the person you get to be forever. That you’ll never have to change again.”
- Everwood
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Odios de estimação #7

Blake Lively. Não, não a acho bonita mas não é por isso que não gosto dela. Não gosto dela porque é vulgar e tem um certo ar de rapariga das barracas (ou metida com drogas, não sei bem). Também não gosto dela pela falta de talento da pobre, que para além de desempenhar sempre o mesmo tipo de papeis, desempenha-os sempre mal. É muito fraquinha, não percebo de onde vem o sucesso nem o fascínio.
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
O melhor bocadinho de casamento de sempre
Só Glee conseguia fazer uma cena tão querida como esta! :)
terça-feira, 23 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Inception – A origem

Este filme é realmente brilhante. Tudo é bom e bem conseguido. O elenco é fantástico (o meu querido DiCaprio está brilhante) e funciona muito bem junto. O argumento é mais que original e prende-nos do princípio ao fim, sempre com um bom ritmo e inovação. Os efeitos visuais acompanhados da boa banda sonora também cativam.
Resumindo, para além da originalidade que não pode ser posta em causa por ninguém, tem um ritmo excelente e uma qualidade de narração extraordinária.
Aquele final é mesmo daqueles que me deixam tanto contente como chateada, o que já tinha acontecido com o Shutter Island.
Quanto a mim o único aspecto negativo foi que podiam existir menos cenas relacionados com a questão da gravidade.
Nota: 20/20
domingo, 21 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
Dupond & Dupont
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Eu nem precisei de ver para saber que ia ser assim
"Casa dos Degredos" - "bufas" e JúliaPinheiro - (Tiago Mesquita, Expresso)
Numa altura em que precisamos de cérebros para ajudarem o país a sair do buraco, a TVI juntou um conjunto de acéfalos que dificilmente conseguiriam sair juntos de um elevador. Mesmo com a porta aberta.
Júlia Pinheiro, ex-libris do "apresentadorismo" nacional, afirma que "a Casa é o retrato do país". Pensei que estivesse a falar da sua própria casa. A preocupação começou quando percebi que se estava a referir à casa onde a TVI juntou um conjunto de pessoas que conseguiriam transformar em dez minutos o campus da Universidade de Cambridge no Jardim zoológico de Lisboa. Com mais bichos, barulho, lixo e confusão.
Submeti-me a três ou quatro sessões do programa. E apesar de gostar de esquilos, não quis ficar com o QI de um. Decidi parar. Não queria que viessem dar comigo agarrado ao sofá a salivar pelo canto da boca em estado semicomatoso. Não seria bonito e sujava as almofadas novas.
Já me tinham avisado, e passo a citar, pedindo desculpa pela rudeza do meu amigo: "nunca tinha visto tanto atrasado mental junto no mesmo espaço físico, e todos na minha televisão". "Deve ser esse o segredo" - respondi-lhe. "No fundo é uma reunião de retardados anónimos e eles não fazem a menor ideia". Mas São Tomé fez-me esperar pelo especial da noite com a menina Poeiras e o mini Bettencourt dos cabelos alourados - ou "Dr. Granger" - como lhe chamou Pedro Santana Lopes num comício.
E sou obrigado a discordar quando Júla Pinheiro diz que aquele conjunto de indivíduos é o retrato do país. Em primeiro lugar, o país é habitado por pessoas que na sua maioria fala português (coisa que ali não vi). Conseguindo por isso manter uma conversa durante dois minutos sem que 95% do que lhes sai da boca seja mer&#. Duas esfregonas villeda a falarem entre si comparadas com esta rapaziada parecem Sir. W. Churchill e F. Roosevelt em amena cavaqueira num banco da New Bond Street.
Refeições inteiras de óculos escuros e boné na cabeça. Chimpanzés e galinhas com o cio. O aldeão de serviço. Choradeira como tivesse morrido um familiar porque acabou o tabaco ou porque o não sei quantos foi expulso ("como é que o gajo se chamava? ele cheirava tão mal...porra"). Uma "senhorita" não sabia o significado da palavra "celibato" (porque será?). Outra abordou um colega da casa e saiu-se com um ternurento... "vou-me peidar". Sintomático. Não optou pela tradicional bufa, utilizou o chavão hardcore do mundo da flatulência. Bonita educação. Qualidade televisiva.
Por estas e por outras Sra. Júlia, e por muito que queira, esta casa não é retrato de país algum. É um grupo bastante "rasca" escolhido a dedo num casting onde estou certo que Vexa participou, que garante a boçalidade, pobreza de espírito, ignorância, conflito, sexo explícito fruto de paixões assolapadas de cinco minutos e se possível verborreia, insultos, polémica e pontapés que caracterizam este género de programas imbecis.
Num ponto concordamos: infelizmente o país gosta de ver. É só espreitar as audiências. Nem por isso passa a ser o país. Eu também gosto de ver um bom jogo de râguebi e não faço "placagens" aos vizinhos quando me cruzo com eles no hall do prédio. Ou desato a gasear com ou sem pré-aviso quem viaja comigo no elevador. A estupidez também é entretenimento. E a TVI sabe disso.
(Tiago Mesquita)
Expresso
Numa altura em que precisamos de cérebros para ajudarem o país a sair do buraco, a TVI juntou um conjunto de acéfalos que dificilmente conseguiriam sair juntos de um elevador. Mesmo com a porta aberta.
Júlia Pinheiro, ex-libris do "apresentadorismo" nacional, afirma que "a Casa é o retrato do país". Pensei que estivesse a falar da sua própria casa. A preocupação começou quando percebi que se estava a referir à casa onde a TVI juntou um conjunto de pessoas que conseguiriam transformar em dez minutos o campus da Universidade de Cambridge no Jardim zoológico de Lisboa. Com mais bichos, barulho, lixo e confusão.
Submeti-me a três ou quatro sessões do programa. E apesar de gostar de esquilos, não quis ficar com o QI de um. Decidi parar. Não queria que viessem dar comigo agarrado ao sofá a salivar pelo canto da boca em estado semicomatoso. Não seria bonito e sujava as almofadas novas.
Já me tinham avisado, e passo a citar, pedindo desculpa pela rudeza do meu amigo: "nunca tinha visto tanto atrasado mental junto no mesmo espaço físico, e todos na minha televisão". "Deve ser esse o segredo" - respondi-lhe. "No fundo é uma reunião de retardados anónimos e eles não fazem a menor ideia". Mas São Tomé fez-me esperar pelo especial da noite com a menina Poeiras e o mini Bettencourt dos cabelos alourados - ou "Dr. Granger" - como lhe chamou Pedro Santana Lopes num comício.
E sou obrigado a discordar quando Júla Pinheiro diz que aquele conjunto de indivíduos é o retrato do país. Em primeiro lugar, o país é habitado por pessoas que na sua maioria fala português (coisa que ali não vi). Conseguindo por isso manter uma conversa durante dois minutos sem que 95% do que lhes sai da boca seja mer&#. Duas esfregonas villeda a falarem entre si comparadas com esta rapaziada parecem Sir. W. Churchill e F. Roosevelt em amena cavaqueira num banco da New Bond Street.
Refeições inteiras de óculos escuros e boné na cabeça. Chimpanzés e galinhas com o cio. O aldeão de serviço. Choradeira como tivesse morrido um familiar porque acabou o tabaco ou porque o não sei quantos foi expulso ("como é que o gajo se chamava? ele cheirava tão mal...porra"). Uma "senhorita" não sabia o significado da palavra "celibato" (porque será?). Outra abordou um colega da casa e saiu-se com um ternurento... "vou-me peidar". Sintomático. Não optou pela tradicional bufa, utilizou o chavão hardcore do mundo da flatulência. Bonita educação. Qualidade televisiva.
Por estas e por outras Sra. Júlia, e por muito que queira, esta casa não é retrato de país algum. É um grupo bastante "rasca" escolhido a dedo num casting onde estou certo que Vexa participou, que garante a boçalidade, pobreza de espírito, ignorância, conflito, sexo explícito fruto de paixões assolapadas de cinco minutos e se possível verborreia, insultos, polémica e pontapés que caracterizam este género de programas imbecis.
Num ponto concordamos: infelizmente o país gosta de ver. É só espreitar as audiências. Nem por isso passa a ser o país. Eu também gosto de ver um bom jogo de râguebi e não faço "placagens" aos vizinhos quando me cruzo com eles no hall do prédio. Ou desato a gasear com ou sem pré-aviso quem viaja comigo no elevador. A estupidez também é entretenimento. E a TVI sabe disso.
(Tiago Mesquita)
Expresso
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Killers - Kiss & Kill - Beijos & Balas; Letters to Juliet – Cartas para Julieta

O novo filme da ex-Izzie de Grey’s anatomy e do menino bonito mas não muito talentoso (Kutcher) é o típico filme de acção que envolve espiões e perseguições.
Engraçado quanto baste, nunca puxa muito pelos actores, a história não é original nem brilhante. No entanto é agradável de se ver. É mais um, num mundo cheio de tantos. Faz o que lhe compete e não se lhe pode pedir mais.
Contudo, era inteiramente dispensável os vários gritos histéricos de Katherine Heigl.
Nota: 11/10

Cartas para Julieta é uma comédia romântica bem conseguida. É querido, fofinho, engraçados e tem histórias de amor bonitas.
Como se fosse preciso muito mais tem ainda boas interpretações, Shakespeare em pano de fundo, paisagens italianas e um final feliz (se bem que a situação final me tenha parecido um bocado forçada).
Gostei da procura de Claire pelo seu amor. Gostei de Charlie e Sophie. Gostei de alguns diálogos profundos e muito bem conseguidos.
Charlie: But that's different.
Claire: Oh, of course it is. Her mother chose to leave her. You always knew your parents loved you.
Nota: 14/20
domingo, 14 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Conhecem o Paul Krugman, certo?
Para quem não conhece informo-vos que é um brilhante economista que ganhou o Prémio Nobel da Economia em 2008.
Para quem gosta de ler opiniões sérias e fundamentadas sobre a situação económica actual aconselho vivamente a leitura das suas crónicas semanais que são traduzidas e publicadas pelo jornal i.
Para quem gosta de ler opiniões sérias e fundamentadas sobre a situação económica actual aconselho vivamente a leitura das suas crónicas semanais que são traduzidas e publicadas pelo jornal i.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Vampire Weekend
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Sim, o facebook odeia-me
E não, não é da minha cabeça.
Desde que escrevi aqui que estava a pensar acabar com o meu facebook em sinal de protesto que tenho sido completamente boicotada.
Não consigo fazer login. Passado 5 minutos de ter a sessão iniciada diz que tenho que iniciar sessão outra vez. Claro que volto a não conseguir fazer login.
É só comigo ou o facebook anda atrás de mais alguém?
Desde que escrevi aqui que estava a pensar acabar com o meu facebook em sinal de protesto que tenho sido completamente boicotada.
Não consigo fazer login. Passado 5 minutos de ter a sessão iniciada diz que tenho que iniciar sessão outra vez. Claro que volto a não conseguir fazer login.
É só comigo ou o facebook anda atrás de mais alguém?
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
Prendas de Natal? Done.
Pelo menos as dos amigos estão escolhidas e compradas. Já só falta as da família.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
The social network - A rede social

Uma tragédia clássica na era digital: David Fincher volta a realizar um filme soberbo. Conta com o poder da palavra de um dos mestres da escrita moderna, Aaron Sorkin, que impõe uma dinâmica superlativa na comunicação do argumento e em diálogos que desafiam o espectador. É a história do mito por detrás de uma ideia revolucionária do ponto de vista comportamental e social, um fascinante relato da ambição e valor de Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), o génio que chamou até si a criação do Facebook. Muito mais do que uma descrição tecnológica, o filme representa um profundo drama ao ritmo de um thriller energético. Possui uma forte componente humana nas várias conexões e, sobretudo, desconexões entre amigos, rivais e amantes, com um golpe de ironia: o indivíduo que criou e enriqueceu com o estreitamento de laços de amizade de meio mundo acabou apenas com a solidão do seu lado.
O enredo centra os acontecimentos entre o difícil parto do Facebook, o brilhantismo, a frieza e o super ego de Zuckerberg e a estreita amizade com o seu melhor amigo, Eduardo Saverin (Andrew Garfield) e intercala estes aspectos com um drama de tribunal no confronto das figuras embrionárias da rede social. Esta opção narrativa traz um ritmo essencial e define perante a audiência as balizas de Zuckerberg. Para além do intimismo dramático, que está subtilmente escondido, o filme tem momentos descontraídos ligados à bizarria existencial do seu protagonista. As interpretações são irrepreensíveis a toda à linha, o que não é de estranhar pelo talento dos artistas envolvidos e o perfeccionismo obsessivo de Fincher ante os seus actores. Visualmente, o registo é sóbrio, com as atmosferas confinadas que se vão expandindo à medida da fama e do sucesso. Ainda temos direito a um “pequeno” mimo na filmagem de uma regata onde não são apenas os atletas que esticam o corpo; é qualquer coisa de extraordinário. Não é decerto a obra mais ousada do realizador, mas é mais um importante marco na sua carreira: um retrato perfeito do ponto de vista sociológico de uma geração onde os ditos nerds tornam-se os senhores do amanhã com o mesmo ímpeto daqueles que criaram as dinastias do passado.
Não sei a história se passou exactamente como foi contada no filme mas se assim for Zuckerberg pode ser um grande geniozinho da informática mas não é de certeza boa pessoa.
Se assim for, a ideia do facebook não é dele mas sim roubou-a (não interessa se utilizou os códigos dos outros ou não) e trair o melhor amigo como fez não é de todo uma demonstração de bom carácter. Isto, se não quisermos recuar mais um bocado e falar sobre Erica Albright.
Já pensei em sinal de protesto deixar de utilizar o facebook, vamos lá ver...
Nota: 19/20
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Sou tão fixe que até dói
Ontem lá fui eu, toda vaidosa, com as minhas botas de salto alto pretas. Uma verdadeira crescida que até fazia os barulhos dos saltos nos corredores da faculdade. Algumas pessoas até se viraram para ver a crescida a passar.
A fase de crescida durou cerca de 2h30. Quando cheguei ao pé da mãe para irmos para casa já era uma verdadeira criança com dores nos pés.
Não, o pior não foi isso.
O pior foi mesmo ter sido obrigada (pelas dores) a descalçar as botas e a percorrer de meias os 10 minutos que me faltavam para chegar a casa. A pé. Nas ruas inundas de Lisboa.
Pois é, a criança triste chegou depressa e deixou grandes marcas (3 bolhas nos pés).
A fase de crescida durou cerca de 2h30. Quando cheguei ao pé da mãe para irmos para casa já era uma verdadeira criança com dores nos pés.
Não, o pior não foi isso.
O pior foi mesmo ter sido obrigada (pelas dores) a descalçar as botas e a percorrer de meias os 10 minutos que me faltavam para chegar a casa. A pé. Nas ruas inundas de Lisboa.
Pois é, a criança triste chegou depressa e deixou grandes marcas (3 bolhas nos pés).
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contado ninguém acredita,
não gosto nem vou gostar,
sapatos
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
NÃO ao Cavaco!
Não podia concordar mais com o que o sr. Daniel Oliveira escreveu no Expresso sobre o Cavaco, aqui fica:
Os cinco cavacos
Cavaco Silva apresenta hoje a sua recandidatura. Foi ministro quando eu tinha 11 anos. Pode sair da Presidência quando eu tiver 46. Ele é o maior símbolo de tantos anos perdidos. E aqui se fala das suas cinco encarnações.
Sem contar com a sua breve passagem pela pasta das Finanças, conhecemos cinco cavacos. Mas todos os cavacos vão dar ao mesmo.
O primeiro Cavaco foi primeiro-ministro. Esbanjou dinheiro como se não houvesse amanhã. Desperdiçou uma das maiores oportunidades de deste País no século passado. Escolheu e determinou um modelo de desenvolvimento que deixou obra mas não preparou a nossa economia para a produção e a exportação. O Cavaco dos patos bravos e do dinheiro fácil. Dos fundos europeus a desaparecerem e dos cursos de formação fantasmas. O Cavaco do Dias Loureiro e do Oliveira e Costa num governo da Nação. Era também o Cavaco que perante qualquer pergunta complicada escolhia o silêncio do bolo rei. Qualquer debate difícil não estava presente, fosse na televisão, em campanhas, fosse no Parlamento, a governar. Era o Cavaco que perante a contestação de estudantes, trabalhadores, polícias ou utentes da ponte sobre o Tejo respondia com o cassetete. O primeiro Cavaco foi autoritário.
O segundo Cavaco alimentou um tabu: não se sabia se ficava, se partia ou se queria ir para Belém. E não hesitou em deixar o seu partido soçobrar ao seu tabu pessoal. Até só haver Fernando Nogueira para concorrer à sua sucessão e ser humilhado nas urnas. A agenda de Cavaco sempre foi apenas Cavaco. Foi a votos nas presidenciais porque estava plenamente convencido que elas estavam no papo. Perdeu. O País ainda se lembrava bem dos últimos e deprimentes anos do seu governo, recheados de escândalos de corrupção. É que este ambiente de suspeita que vivemos com Sócrates é apenas um remake de um filme que conhecemos. O segundo Cavaco foi egoísta.
O terceiro Cavaco regressou vindo do silêncio. Concorreu de novo às presidenciais. Quase não falou na campanha. Passeou-se sempre protegido dos imprevistos. Porque Cavaco sabe que Cavaco é um bluff. Não tem pensamento político, tem apenas um repertório de frases feitas muito consensuais. Esse Cavaco paira sobre a política, como se a política não fosse o seu ofício de quase sempre. Porque tem nojo da política. Não do pior que ela tem: os amigos nos negócios, as redes de interesses, da demagogia vazia, os truques palacianos. Mas do mais nobre que ela representa: o confronto de ideias, a exposição à critica impiedosa, a coragem de correr riscos, a generosidade de pôr o cargo que ocupa acima dele próprio. Venceu, porque todos estes cavacos representam o nosso atraso. Cavaco é a metáfora viva da periferia cultural, económica e politica que somos na Europa. O terceiro Cavaco é vazio.
O quarto Cavaco foi Presidente. Teve três momentos que escolheu como fundamentais para se dirigir ao País: esse assunto que aquecia tanto a Nação, que era o Estatuto dos Açores; umas escutas que nunca existiram a não ser na sua cabeça sempre cheia de paranóicas perseguições; e a crítica à lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo que, apesar de desfazer por palavras, não teve a coragem de vetar. O quarto Cavaco tem a mesma falta de coragem e a mesma ausência de capacidade de distinguir o que é prioritário de todos os outros.
Apesar de gostar de pensar em si próprio como um não político, todo ele é cálculo e todo o cálculo tem ele próprio como centro de interesse. Este foi o Cavaco que tentou passar para a imprensa a acusação de que andaria a ser vigiado pelo governo, coisa que numa democracia normal só poderia acabar numa investigação criminal ou numa acção política exemplar. Era falso, todos sabemos. Mas Cavaco fechou o assunto com uma comunicação ao País surrealista, onde tudo ficou baralhado para nada se perceber. Este foi o Cavaco que achou que não devia estar nas cerimónias fúnebres do único prémio Nobel da literatura porque tinha um velho diferendo com ele. Porque Cavaco nunca percebeu que os cargos que ocupa estão acima dele próprio e não são um assunto privado. Este foi o Cavaco que protegeu, até ao limite do imaginável, o seu velho amigo Dias Loureiro, chegando quase a transformar-se em seu porta-voz. Mais uma vez e como sempre, ele próprio acima da instituição que representa. O quarto Cavaco não é um estadista.
E agora cá está o quinto Cavaco. Quando chegou a crise começou a sua campanha. Como sempre, nunca assumida. Até o anúncio da sua candidatura foi feito por interposta pessoa. Em campanha disfarçada, dá conselhos económicos ao País. Por coincidência, quase todos contrários aos que praticou quando foi o primeiro Cavaco. Finge que modera enquanto se dedica a minar o caminho do líder que o seu próprio partido, crime dos crimes, elegeu à sua revelia. Sobre a crise e as ruínas de um governo no qual ninguém acredita, espera garantir a sua reeleição. Mas o quinto Cavaco, ganhe ou perca, já não se livra de uma coisa: foi o Presidente da República que chegou ao fim do seu primeiro mandato com um dos baixos índices de popularidade da nossa democracia e pode ser um dos que será reeleito com menor margem. O quinto Cavaco não tem chama.
Quando Cavaco chegou ao primeiro governo em que participou eu tinha 11 anos. Quando chegou a primeiro-ministro eu tinha 16. Quando saiu eu já tinha 26. Quando foi eleito Presidente eu tinha 36. Se for reeleito, terei 46 quando ele finalmente abandonar a vida política. Que este homem, que foi o politico profissional com mais tempo no activo para a minha geração, continue a fingir que nada tem a ver com o estado em que estamos e se continue a apresentar com alguém que está acima da politica é coisa que não deixa de me espantar. Ele é a política em tudo que ela falhou. É o símbolo mais evidente de tantos anos perdidos.
Os cinco cavacos
Cavaco Silva apresenta hoje a sua recandidatura. Foi ministro quando eu tinha 11 anos. Pode sair da Presidência quando eu tiver 46. Ele é o maior símbolo de tantos anos perdidos. E aqui se fala das suas cinco encarnações.
Sem contar com a sua breve passagem pela pasta das Finanças, conhecemos cinco cavacos. Mas todos os cavacos vão dar ao mesmo.
O primeiro Cavaco foi primeiro-ministro. Esbanjou dinheiro como se não houvesse amanhã. Desperdiçou uma das maiores oportunidades de deste País no século passado. Escolheu e determinou um modelo de desenvolvimento que deixou obra mas não preparou a nossa economia para a produção e a exportação. O Cavaco dos patos bravos e do dinheiro fácil. Dos fundos europeus a desaparecerem e dos cursos de formação fantasmas. O Cavaco do Dias Loureiro e do Oliveira e Costa num governo da Nação. Era também o Cavaco que perante qualquer pergunta complicada escolhia o silêncio do bolo rei. Qualquer debate difícil não estava presente, fosse na televisão, em campanhas, fosse no Parlamento, a governar. Era o Cavaco que perante a contestação de estudantes, trabalhadores, polícias ou utentes da ponte sobre o Tejo respondia com o cassetete. O primeiro Cavaco foi autoritário.
O segundo Cavaco alimentou um tabu: não se sabia se ficava, se partia ou se queria ir para Belém. E não hesitou em deixar o seu partido soçobrar ao seu tabu pessoal. Até só haver Fernando Nogueira para concorrer à sua sucessão e ser humilhado nas urnas. A agenda de Cavaco sempre foi apenas Cavaco. Foi a votos nas presidenciais porque estava plenamente convencido que elas estavam no papo. Perdeu. O País ainda se lembrava bem dos últimos e deprimentes anos do seu governo, recheados de escândalos de corrupção. É que este ambiente de suspeita que vivemos com Sócrates é apenas um remake de um filme que conhecemos. O segundo Cavaco foi egoísta.
O terceiro Cavaco regressou vindo do silêncio. Concorreu de novo às presidenciais. Quase não falou na campanha. Passeou-se sempre protegido dos imprevistos. Porque Cavaco sabe que Cavaco é um bluff. Não tem pensamento político, tem apenas um repertório de frases feitas muito consensuais. Esse Cavaco paira sobre a política, como se a política não fosse o seu ofício de quase sempre. Porque tem nojo da política. Não do pior que ela tem: os amigos nos negócios, as redes de interesses, da demagogia vazia, os truques palacianos. Mas do mais nobre que ela representa: o confronto de ideias, a exposição à critica impiedosa, a coragem de correr riscos, a generosidade de pôr o cargo que ocupa acima dele próprio. Venceu, porque todos estes cavacos representam o nosso atraso. Cavaco é a metáfora viva da periferia cultural, económica e politica que somos na Europa. O terceiro Cavaco é vazio.
O quarto Cavaco foi Presidente. Teve três momentos que escolheu como fundamentais para se dirigir ao País: esse assunto que aquecia tanto a Nação, que era o Estatuto dos Açores; umas escutas que nunca existiram a não ser na sua cabeça sempre cheia de paranóicas perseguições; e a crítica à lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo que, apesar de desfazer por palavras, não teve a coragem de vetar. O quarto Cavaco tem a mesma falta de coragem e a mesma ausência de capacidade de distinguir o que é prioritário de todos os outros.
Apesar de gostar de pensar em si próprio como um não político, todo ele é cálculo e todo o cálculo tem ele próprio como centro de interesse. Este foi o Cavaco que tentou passar para a imprensa a acusação de que andaria a ser vigiado pelo governo, coisa que numa democracia normal só poderia acabar numa investigação criminal ou numa acção política exemplar. Era falso, todos sabemos. Mas Cavaco fechou o assunto com uma comunicação ao País surrealista, onde tudo ficou baralhado para nada se perceber. Este foi o Cavaco que achou que não devia estar nas cerimónias fúnebres do único prémio Nobel da literatura porque tinha um velho diferendo com ele. Porque Cavaco nunca percebeu que os cargos que ocupa estão acima dele próprio e não são um assunto privado. Este foi o Cavaco que protegeu, até ao limite do imaginável, o seu velho amigo Dias Loureiro, chegando quase a transformar-se em seu porta-voz. Mais uma vez e como sempre, ele próprio acima da instituição que representa. O quarto Cavaco não é um estadista.
E agora cá está o quinto Cavaco. Quando chegou a crise começou a sua campanha. Como sempre, nunca assumida. Até o anúncio da sua candidatura foi feito por interposta pessoa. Em campanha disfarçada, dá conselhos económicos ao País. Por coincidência, quase todos contrários aos que praticou quando foi o primeiro Cavaco. Finge que modera enquanto se dedica a minar o caminho do líder que o seu próprio partido, crime dos crimes, elegeu à sua revelia. Sobre a crise e as ruínas de um governo no qual ninguém acredita, espera garantir a sua reeleição. Mas o quinto Cavaco, ganhe ou perca, já não se livra de uma coisa: foi o Presidente da República que chegou ao fim do seu primeiro mandato com um dos baixos índices de popularidade da nossa democracia e pode ser um dos que será reeleito com menor margem. O quinto Cavaco não tem chama.
Quando Cavaco chegou ao primeiro governo em que participou eu tinha 11 anos. Quando chegou a primeiro-ministro eu tinha 16. Quando saiu eu já tinha 26. Quando foi eleito Presidente eu tinha 36. Se for reeleito, terei 46 quando ele finalmente abandonar a vida política. Que este homem, que foi o politico profissional com mais tempo no activo para a minha geração, continue a fingir que nada tem a ver com o estado em que estamos e se continue a apresentar com alguém que está acima da politica é coisa que não deixa de me espantar. Ele é a política em tudo que ela falhou. É o símbolo mais evidente de tantos anos perdidos.
Piada da semana
Diferença entre Potencialmente e Realmente
O pai estava a ver televisão quando o filho pergunta:
- Pai, qual a diferença entre POTENCIALMENTE e REALMENTE?
- Filho, faz o seguinte:
- Primeiro, pergunta à tua mãe se por 1 milhão de euros ela faria amor com o Kevin Costner;
- Depois, pergunta à tua irmã se por 1 milhão de euros ela faria amor com o Brad Pitt;
- E, finalmente, pergunta ao teu irmão se por 1 milhão de euros ele faria amor com o Tom Cruise.
Quando trouxeres as respostas, eu explico a diferença.
Depois, o filho voltou com as respostas:
- A mãe disse que nunca pensou em te trair, mas por 1 milhão de
euros e com o Kevin Costner, ela não pensaria duas vezes;
- A mana respondeu que seriam dois sonhos realizados de uma só vez.
Dar uma com o Brad Pitt e ficar milionária;
- O mano disse que por 1 milhão de euros até fazia amor com o Sócrates...
Então o pai respondeu:
- Pois é isso, meu filho.
POTENCIALMENTE, a nossa família tem condições
para ganhar 3 milhões de euros.
Mas REALMENTE, vivemos com duas putas e um paneleiro...!!!
O pai estava a ver televisão quando o filho pergunta:
- Pai, qual a diferença entre POTENCIALMENTE e REALMENTE?
- Filho, faz o seguinte:
- Primeiro, pergunta à tua mãe se por 1 milhão de euros ela faria amor com o Kevin Costner;
- Depois, pergunta à tua irmã se por 1 milhão de euros ela faria amor com o Brad Pitt;
- E, finalmente, pergunta ao teu irmão se por 1 milhão de euros ele faria amor com o Tom Cruise.
Quando trouxeres as respostas, eu explico a diferença.
Depois, o filho voltou com as respostas:
- A mãe disse que nunca pensou em te trair, mas por 1 milhão de
euros e com o Kevin Costner, ela não pensaria duas vezes;
- A mana respondeu que seriam dois sonhos realizados de uma só vez.
Dar uma com o Brad Pitt e ficar milionária;
- O mano disse que por 1 milhão de euros até fazia amor com o Sócrates...
Então o pai respondeu:
- Pois é isso, meu filho.
POTENCIALMENTE, a nossa família tem condições
para ganhar 3 milhões de euros.
Mas REALMENTE, vivemos com duas putas e um paneleiro...!!!
domingo, 31 de outubro de 2010
Ainda sobre o meu querido Zafón
Para quem gostar do escritor, e dos seus livros, aqui tem uma opinião sobre o mais recente "Marina".
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Só tu querido Zafón
Politics + Glee
A candidata democrata do Illinois, ou melhor as pessoas que ela contratou, deram-lhe bem e inspirando-se em Glee fizeram um anuncio muito bem conseguido para votarem nela. Assim é que é, na política é preciso inovar.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
A escola e as suas diferentes denominações
Do 1º ao 12º ano sempre tive disciplinas. Quando cheguei à faculdade e durante os 3 anos que se seguiram tive cadeiras. Agora que estou no mestrado e nos próximos 2 anos tenho seminários.
Não podia ter tudo o mesmo nome?!
Não podia ter tudo o mesmo nome?!
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é só de mim ou isto é estranho?,
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sábado, 23 de outubro de 2010
Toy Story 3

Este Toy Story consegue ser um elogio à amizade, à lealdade e ao companheirismo, ainda mais que os seus antecessores.
Por um lado chegamos ao momento mais temido na vida dos brinquedos em que o Andy vai para a universidade e já é demasiado crescido para brincar com os mesmos. Perante toda a confusão dos bonecos que são ou não para ser dados, eis que os companheiros acabam por ir parar a uma creche de putos regilas.
Todo este arco, com o sentimento de abandono e de desilusão por parte dos brinquedos está tão bem explorado que até dá um aperto no coração. Assim como a parte em que o Andy passa o seu legado de bonecos para a criancinha também dá uma vontade de chorar que não é brincadeira.
Por outro lado temos a união dos brinquedos e o cuidado em se manterem juntos e de se ajudarem uns aos outros enquanto estão na creche e a luta dos mesmos contra o Lotso e o seu reino de tirania. Este arco dá direito aos planos de fuga tão bem elaborados que já conhecemos e também aos momentos mais cómicos do filme.
Com um Buzz que fala español que é uma maravilha e com um Ken metrossexual combinado com a bondade do Woody em salvar o Lotso temos a combinação perfeita entre humor e drama.
É assim, que onze anos depois assistimos a um dos melhores filmes de animação de todos os tempos.
Nota: 20/20
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Sabiam que...? - parte 3
Quando a França, em 1997, deixou de utilizar o Código Morse nas águas costeiras, a última mensagem transmitida dizia: "Atenção a todos. Esta é a nossa última chamada antes do silêncio eterno."
terça-feira, 19 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Juro que é verdade
Durante anos desejei que as pessoas não soubessem quem eu era, não soubessem o meu apelido, quanto menos melhor.
Agora cheguei a uma fase em que se passa exactamente o contrário. Quero que os professores e todas as pessoas dentro de determinado circuito saibam exactamente quem sou e que falem de mim. Muito. Bem.
Agora cheguei a uma fase em que se passa exactamente o contrário. Quero que os professores e todas as pessoas dentro de determinado circuito saibam exactamente quem sou e que falem de mim. Muito. Bem.
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Scaramouch, Scaramouch, will you do the Fandango
So you think you can stone me and spit in my eye
So you think you can love me and leave me to die
Oh, baby, can't do this to me, baby
Just gotta get out, just gotta get right outta here
Bohemian Rhapsody - Queen
domingo, 17 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Então e os Mad Caddies que foram a Almada e não a Lisboa?
Quando finalmente os Mad Caddies subiram ao palco musicalmente a coisa compôs-se (se bem que prefiro as músicas mais calmas deles). O que não rulou nada foi o público a subir ao palco e a atirar-se para cima do mesmo, estamos no circo ou quê? E os moches entre os mesmos levou-me a pensar se estaria no zoo na parte dos macacos mas enfim.
Por último lá consegui arranjar duas palhetas, uma para mim e outra para a smar.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
My dirty little secret
Ainda jogo pokemon. E gosto.
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terça-feira, 12 de outubro de 2010
Ainda agora o mestrado começou e...
... já tenho uma apresentação oral sobre as relações transatlânticas entre a Europa e os EUA e um trabalho final sobre armamento nuclear.
Pois é, vida de estudante é dura mas também pode ser interessante.
Pois é, vida de estudante é dura mas também pode ser interessante.
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Eis o grande cancro do programa "Prós e Contras"
E a vencedora é: Fátima Campos Ferreira.
Esta senhora não é capaz de compreender qual o seu papel no programa e não acredito que algum dia venha a aprender.
Num programa de debates o papel dela é de moderadora, como tal, não deveria interromper os convidados (que são sempre pessoas mais qualificadas naquele assunto que ela) e ainda menos dar opiniões.
Já para não falar que as opiniões dela são tão péssimas que até mete medo ao susto e para além da fraca qualidade das opiniões e das argumentações, o mais grave é interromper os convidados para as dar.
Esta senhora não é capaz de compreender qual o seu papel no programa e não acredito que algum dia venha a aprender.
Num programa de debates o papel dela é de moderadora, como tal, não deveria interromper os convidados (que são sempre pessoas mais qualificadas naquele assunto que ela) e ainda menos dar opiniões.
Já para não falar que as opiniões dela são tão péssimas que até mete medo ao susto e para além da fraca qualidade das opiniões e das argumentações, o mais grave é interromper os convidados para as dar.
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domingo, 10 de outubro de 2010
As comédias românticas no geral e o Hugh Grant em particular

Hugh Grant é o rei das minhas comédias românticas favoritas (quase todas pelos menos).
Assim de repente lembro-me logo do "Notting Hill", "O amor acontece", "O diário de Bridjet Jones", "O novo diário de Bridget Jones", "Música e Letra" e "Mickey Blue eyes".
Tudo filmes maravilhosos com o fantástico Hugh Grant!
sábado, 9 de outubro de 2010
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Não é que eu não aprecie um bom drama logo de manhã...
mas será que dá para não ser comigo e com o meu computador?
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Porque é quando se ouve falar disto nos animais é o escândalo e se criam dezenas de grupos no facebook mas quando é em pessoas ninguém diz nada?
Centenas de guatemaltecos foram na década de 1940 vítimas de um "crime contra a humanidade"
02.10.2010 - 11:59 Por Jorge Heitor
O Presidente Álvaro Colom considerou hoje um “crime contra a humanidade” o facto de, entre 1946 e 1948, médicos norte-americanos terem infectado deliberadamente 700 guatemaltecos com sífilis e gonorreia, a fim de efectuarem experiências sobre a penicilina.
Downing/Reuters)
Numa entrevista à BBC, Colom disse que os seus compatriotas - presos, doentes mentais e soldados - foram “vítimas do abuso dos direitos” humanos, ao serem deliberadamente infectados com doenças venéreas que podem causar problemas cardíacos, cegueira e até mesmo a morte.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já apresentou desculpas por estas experiências, agora reveladas pela investigadora Susan Reverby, do Wellesley College, do Massachusetts, que descobriu relatos do sucedido nos arquivos do médico John C. Cutter, falecido em 2003.
Obama disse a Colom que as experiências efectuadas pelos cientistas norte-americanos durante a década de 1940 são contra os valores por que se rege a América do Norte. O Governo guatemalteco aceitou as desculpas, mas prometeu investigar o assunto mais a fundo.
Washington também vai investigar o facto de dinheiro dos contribuintes norte-americanos, colocado no orçamento dos Institutos Nacionais de Saúde, ter servido inclusive para que prostitutas infectadas com sífilis terem sido postas a dormir com presos, para que estes servissem de cobaias. E quando esse esquema não funcionava a bactéria era inoculada nos pénis, no rosto ou nos braços dos guatemaltecos. Depois, quando ficavam infectados, dava-se-lhes antibióticos, de modo a experimentar a eficácia dos mesmos.
Susan Reverbery afirma que o Governo guatemalteco do Presidente Juan José Arévalo, tido como um democrata e um nacionalista que esteve no poder de 1945 a 1951, dera autorização para que médicos norte-americanos do sistema federal de saúde procedessem às experiências que estão agora a ser alvo de grande condenação.
Um caso macabro
A Administração Obama ainda não se ofereceu para pagar qualquer indemnização por aquilo a que a imprensa da Guatemala já chama uma descoberta “macabra” e que teria mesmo afectado 1.500 pessoas, e não só as 700 de que ontem falavam as primeiras notícias.
Um porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, afirmou que tais notícias são “chocantes e trágicas”, tendo Álvaro Colom ordenado que se procurem na Guatemala arquivos referentes ao período de 1946 a 1948 e dito à CNN que ele próprio se encarregará de participar pessoalmente no apuramento de toda a verdade.
Susan Reverbery descobriu este episódio quando estava a estudar documentos sobre o caso Tuskegee, no qual se observou atentamente o desenvolvimento da sífilis em 400 afro-americanos do Alabama, ao qual não foi permitido qualquer acesso a tratamentos. Decorreu essa experiência entre 1932 e 1972, ao longo de quatro longas décadas, num estudo clínico do U.S. Public Health Service.
John C. Cuttler, em cujo espólio foi agora desvendado o mistério guatemalteco, trabalhava no Gabinete Sanitário Panamericano, precursor da Organização Panamericana de Saúde. E decidiu proceder a estudos sobre o efeito que teriam medicamentos contra a sífilis, a gonorreia e o cancróide, doença sexualmente transmissível. Mas fê-lo “ao estilo de um filme de ficção científica, pois que os objectos da investigação eram seres humanos”, conforme destacada hoje o “Prensa Libre”, o jornal de maior circulação na Guatemala.
Soldados, prostitutas, pessoas com doenças mentais e reclusos funcionaram como autênticos “porquinhos da Índia”, inclusive com a colaboração de alguns ministérios guatemaltecos, tendo-se passado tudo em quartéis, bordéis, penintenciárias e até mesmo num hospital neuropsiquiátrico da Cidade da Guatemala.
02.10.2010 - 11:59 Por Jorge Heitor
O Presidente Álvaro Colom considerou hoje um “crime contra a humanidade” o facto de, entre 1946 e 1948, médicos norte-americanos terem infectado deliberadamente 700 guatemaltecos com sífilis e gonorreia, a fim de efectuarem experiências sobre a penicilina.
Downing/Reuters)
Numa entrevista à BBC, Colom disse que os seus compatriotas - presos, doentes mentais e soldados - foram “vítimas do abuso dos direitos” humanos, ao serem deliberadamente infectados com doenças venéreas que podem causar problemas cardíacos, cegueira e até mesmo a morte.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já apresentou desculpas por estas experiências, agora reveladas pela investigadora Susan Reverby, do Wellesley College, do Massachusetts, que descobriu relatos do sucedido nos arquivos do médico John C. Cutter, falecido em 2003.
Obama disse a Colom que as experiências efectuadas pelos cientistas norte-americanos durante a década de 1940 são contra os valores por que se rege a América do Norte. O Governo guatemalteco aceitou as desculpas, mas prometeu investigar o assunto mais a fundo.
Washington também vai investigar o facto de dinheiro dos contribuintes norte-americanos, colocado no orçamento dos Institutos Nacionais de Saúde, ter servido inclusive para que prostitutas infectadas com sífilis terem sido postas a dormir com presos, para que estes servissem de cobaias. E quando esse esquema não funcionava a bactéria era inoculada nos pénis, no rosto ou nos braços dos guatemaltecos. Depois, quando ficavam infectados, dava-se-lhes antibióticos, de modo a experimentar a eficácia dos mesmos.
Susan Reverbery afirma que o Governo guatemalteco do Presidente Juan José Arévalo, tido como um democrata e um nacionalista que esteve no poder de 1945 a 1951, dera autorização para que médicos norte-americanos do sistema federal de saúde procedessem às experiências que estão agora a ser alvo de grande condenação.
Um caso macabro
A Administração Obama ainda não se ofereceu para pagar qualquer indemnização por aquilo a que a imprensa da Guatemala já chama uma descoberta “macabra” e que teria mesmo afectado 1.500 pessoas, e não só as 700 de que ontem falavam as primeiras notícias.
Um porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, afirmou que tais notícias são “chocantes e trágicas”, tendo Álvaro Colom ordenado que se procurem na Guatemala arquivos referentes ao período de 1946 a 1948 e dito à CNN que ele próprio se encarregará de participar pessoalmente no apuramento de toda a verdade.
Susan Reverbery descobriu este episódio quando estava a estudar documentos sobre o caso Tuskegee, no qual se observou atentamente o desenvolvimento da sífilis em 400 afro-americanos do Alabama, ao qual não foi permitido qualquer acesso a tratamentos. Decorreu essa experiência entre 1932 e 1972, ao longo de quatro longas décadas, num estudo clínico do U.S. Public Health Service.
John C. Cuttler, em cujo espólio foi agora desvendado o mistério guatemalteco, trabalhava no Gabinete Sanitário Panamericano, precursor da Organização Panamericana de Saúde. E decidiu proceder a estudos sobre o efeito que teriam medicamentos contra a sífilis, a gonorreia e o cancróide, doença sexualmente transmissível. Mas fê-lo “ao estilo de um filme de ficção científica, pois que os objectos da investigação eram seres humanos”, conforme destacada hoje o “Prensa Libre”, o jornal de maior circulação na Guatemala.
Soldados, prostitutas, pessoas com doenças mentais e reclusos funcionaram como autênticos “porquinhos da Índia”, inclusive com a colaboração de alguns ministérios guatemaltecos, tendo-se passado tudo em quartéis, bordéis, penintenciárias e até mesmo num hospital neuropsiquiátrico da Cidade da Guatemala.
domingo, 3 de outubro de 2010
É domingo e está a chover
sábado, 2 de outubro de 2010
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Isto de ter franja é mesmo dois máximos
Lá vem um bocadinho de vento, devagar… devagarinho.
Lá vai a franjinha, cada bocadinho por seu caminho.
Sem grandes demoras vem uma mão, com grande irritação.
O cabelo volta a ficar direitinho.
O vento é mais teimosinho e lá foi cada bocado de cabelo por seu caminho.
Outra vez.
Lá vai a franjinha, cada bocadinho por seu caminho.
Sem grandes demoras vem uma mão, com grande irritação.
O cabelo volta a ficar direitinho.
O vento é mais teimosinho e lá foi cada bocado de cabelo por seu caminho.
Outra vez.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Eli Wallach

Ser picuinhas tem destas coisas...
Gosto que os livros tenham índice e gosto que o tenham no início.
domingo, 26 de setembro de 2010
Querias mudanças não é verdade? Tumba lá para não te armares em parva!
Resolvi que era tempo de mudar e fiz franja... agora não gosto, toma lá!
The ghost writer – O escritor fantasma; Management – Como gerir o amor

Polanski está de volta e em grande forma.
O escritor fantasma é o exemplo perfeito do que é um bom thriller e um bom filme: um bom argumento que nos prende e surpreende até ao último momento, excelentes interpretações, uma banda sonora fantástica e adequada e uns cenários particularmente bons.
Adequado para quem gosta de bons filmes, bons actores, de passar um bom bocado e de ser surpreendido.
Nota: 18/20

Tentar vender este filme dizendo que é uma comédia romântica é chamar parvo ao espectador, o que convenhamos não é nada bonito.
Como gerir o amor é francamente mau e só preciso de pensar no argumento…
Mike é um falhado sem ambições: vive com os pais, trabalha no motel dos pais, não se empenha em nada, não tem perspectivas ou objectivos de vida.
Entretanto aparece Sue, um pouco melhor que Mike mas igualmente perdida na vida.
Mike desenvolve um comportamento obsessivo por Sue que no filme chamam amor mas que na vida real é apenas estranho.
Um filmes sobre um falhado que é obsessivo por uma rapariga e resolve ser creepy e andar sempre atrás dela não é do meu ponto de vista nada interessante.
Para além da história que é realmente má e patética temos ainda interpretações que não brilham e um ritmo de filme que é bom para adormecer. Safa-se a banda sonora que era agradável.
Jennifer Aniston demonstra, mais uma vez, falta de critério na escolha de papéis.
Nota: 4/20
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Quem é que não gostava de viver aqui? hum...
O paraíso das cobras está sob ataque aéreo
Por Luís Francisco
A ilha de Guam, no Pacífico, é um paraíso tropical armado até aos dentes. Quase um terço deste território sob administração dos EUA está ocupado por bases militares. O resto fica para as pessoas. E para as cobras
"Desde que o navegador português Fernão de Magalhães, na sua viagem de circum-navegação do globo, em 1521, a pôs no mapa, a história da ilha de Guam, a maior e mais meridional do arquipélago das Marianas, oceano Pacífico, não tem sido isenta de episódios dramáticos. Durante a II Guerra Mundial foi tomada pelos japoneses. No final desse conflito, começou outra invasão, mais silenciosa: a das cobras castanhas arborícolas (Boiga irregularis). Agora, ao cabo de décadas de pesadelo ecológico, surgiu uma nova ideia para controlar a praga.
Guam não tinha qualquer espécie de serpente nativa à excepção de uma pequena cobra subterrânea, daquelas que normalmente confundimos com vermes. Gerações e gerações de habitantes deste paraíso tropical no Pacífico Oeste, actualmente uma região não incorporada dos EUA (o que quer dizer que a Constituição americana não se aplica ali e há um governo próprio), habituaram-se a viver num meio ambiente dominado, em termos de fauna, pelos lagartos e aves.
Até que, um dia, logo após a II Guerra, durante o processo de transferência das instalações militares americanas de outras ilhas da região para Guam, um passageiro clandestino arribou ao território. Tinha olhos grandes, corpo magro, gostava de subir às árvores e manifestava um apetite preferencial por aves e pequenos lagartos. Na ilha, claro, não havia qualquer predador natural para lhe fazer frente. Nos anos que se seguiram, os sustos foram o sinal mais sério de que algo estava a mudar na vida dos habitantes de Guam.
As cobras castanhas arborícolas desembarcaram e sentiram-se de imediato em casa. Naturais da Papua-Nova Guiné, ilhas Salomão e Austrália, estes répteis de hábitos nocturnos descobriram nas florestas do interior da ilha um verdadeiro lar. Melhor, até, do que o original: nas zonas de onde provêm, as cobras enfrentam alguma escassez de presas. Em Guam, pelo contrário, elas estavam por todo o lado. E nem sequer fugiam, porque não reconheciam o predador.
Os efeitos foram devastadores. Para começar, as cobras castanhas, que "em casa" alcançavam comprimentos entre um e dois metros, desataram a crescer em Guam, onde já foram registadas serpentes de três metros. Depois, reproduziram-se em grande ritmo e representam, neste momento, uma verdadeira praga: estima-se que existam mais de 49 cobras por hectare, uma das maiores concentrações de serpentes do planeta. Para se ter uma ideia, isto significa uma a cada 200m2, mais ou menos a superfície de um court de ténis...
Se ainda não está suficientemente arrepiado, faça as contas: Guam tem 54.130 hectares, um pouco mais do que a ilha do Pico, nos Açores. Ou seja... 2.652.370 cobras castanhas arborícolas. Mais cobra menos cobra.
(...)"
Por Luís Francisco
A ilha de Guam, no Pacífico, é um paraíso tropical armado até aos dentes. Quase um terço deste território sob administração dos EUA está ocupado por bases militares. O resto fica para as pessoas. E para as cobras
"Desde que o navegador português Fernão de Magalhães, na sua viagem de circum-navegação do globo, em 1521, a pôs no mapa, a história da ilha de Guam, a maior e mais meridional do arquipélago das Marianas, oceano Pacífico, não tem sido isenta de episódios dramáticos. Durante a II Guerra Mundial foi tomada pelos japoneses. No final desse conflito, começou outra invasão, mais silenciosa: a das cobras castanhas arborícolas (Boiga irregularis). Agora, ao cabo de décadas de pesadelo ecológico, surgiu uma nova ideia para controlar a praga.
Guam não tinha qualquer espécie de serpente nativa à excepção de uma pequena cobra subterrânea, daquelas que normalmente confundimos com vermes. Gerações e gerações de habitantes deste paraíso tropical no Pacífico Oeste, actualmente uma região não incorporada dos EUA (o que quer dizer que a Constituição americana não se aplica ali e há um governo próprio), habituaram-se a viver num meio ambiente dominado, em termos de fauna, pelos lagartos e aves.
Até que, um dia, logo após a II Guerra, durante o processo de transferência das instalações militares americanas de outras ilhas da região para Guam, um passageiro clandestino arribou ao território. Tinha olhos grandes, corpo magro, gostava de subir às árvores e manifestava um apetite preferencial por aves e pequenos lagartos. Na ilha, claro, não havia qualquer predador natural para lhe fazer frente. Nos anos que se seguiram, os sustos foram o sinal mais sério de que algo estava a mudar na vida dos habitantes de Guam.
As cobras castanhas arborícolas desembarcaram e sentiram-se de imediato em casa. Naturais da Papua-Nova Guiné, ilhas Salomão e Austrália, estes répteis de hábitos nocturnos descobriram nas florestas do interior da ilha um verdadeiro lar. Melhor, até, do que o original: nas zonas de onde provêm, as cobras enfrentam alguma escassez de presas. Em Guam, pelo contrário, elas estavam por todo o lado. E nem sequer fugiam, porque não reconheciam o predador.
Os efeitos foram devastadores. Para começar, as cobras castanhas, que "em casa" alcançavam comprimentos entre um e dois metros, desataram a crescer em Guam, onde já foram registadas serpentes de três metros. Depois, reproduziram-se em grande ritmo e representam, neste momento, uma verdadeira praga: estima-se que existam mais de 49 cobras por hectare, uma das maiores concentrações de serpentes do planeta. Para se ter uma ideia, isto significa uma a cada 200m2, mais ou menos a superfície de um court de ténis...
Se ainda não está suficientemente arrepiado, faça as contas: Guam tem 54.130 hectares, um pouco mais do que a ilha do Pico, nos Açores. Ou seja... 2.652.370 cobras castanhas arborícolas. Mais cobra menos cobra.
(...)"
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
- Este lugar é um mistério. Um santuário. Todos os livros, todos os volumes, que vês à tua frente, têm alma. A alma de quem os escreveu, a alma daqueles que os leram e viveram e sonharam com eles. De cada vez que um livro muda de mãos, de cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se mais forte. Neste lugar, os livros de quem já ninguém se lembra, os livros que ficaram perdidos no tempo, vivem para sempre, à espera de chegar às mãos de um novo leitor, de um novo espírito...
"O Jogo do Anjo" de Carlos Ruiz Zafón
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Mudanças
Com o final do curso e com o aproximar do começo do mestrado começo a ficar irrequieta e com vontade de fazer mudanças.
Mudanças no quarto porque começo a estar aborrecida com a decoração que é a mesma há 4 anos (tirando alguns detalhes)...
Mudanças no cabelo, será muito má ideia fazer uma franja?
Mudanças no quarto porque começo a estar aborrecida com a decoração que é a mesma há 4 anos (tirando alguns detalhes)...
Mudanças no cabelo, será muito má ideia fazer uma franja?
sábado, 18 de setembro de 2010
A isto eu chamo um Sábado produtivo
Para além do já habitual apanhar roupa/estende roupa e do faz a cama, este Sábado ainda deu direito a arrumar as coisas do último ano da faculdade, a montar o blu-ray e a colar algumas coisas que tinham caído da parede do meu quarto.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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