
Um filme… sobre culpa e redenção
A cinematografia europeia tem surpreendido ultimamente, ao apresentar aos nossos olhos cansados do ritmo alucinante do cinema norte-americano alguns exemplos de grande qualidade. É o caso, entre outros, de “O Laço Branco”, do alemão Michael Haneke (distinguido em diversos festivais, nomeadamente em Cannes), e de “Águas Agitadas”.
Realizado pelo norueguês Erik Poppe, “Águas Agitadas” é um drama de enorme intensidade (sem necessidade de fazer o espectador sentir-se sufocado), desvendando dois olhares opostos de um acontecimento horrendo: o do culpado e o da vítima. Não há cenas de violência gratuita, apesar da veemência dos factos e dos sentimentos em jogo.
Quando era jovem, Yan Thomas (Pål Sverre Valheim Hagen) e um amigo praticaram um crime atroz, pelo qual foram julgados, considerados culpados e presos.
Na prisão, Yan Thomas desenvolve o seu talento de organista e quando está a um terço do fim da pena obtém a liberdade condicional. Sem que ninguém conheça o seu passado, consegue emprego como organista numa igreja de Oslo, conquista o amor da pastora (Ellen Dorrit Petersen) e do seu pequeno filho, e o respeito da comunidade. Tudo corre bem até que é reconhecido pela sua (indirecta) vítima.
“Águas Agitadas” é o último filme da trilogia do realizador, que começa por "Schpaaa" (1998) e prossegue com "Hawaii.Oslo" (2004), sempre em torno da culpa, redenção e segundas oportunidades.
Para mim ficou apenas a faltar uma explicação sobre o que teria levado os dois rapazes a "raptar" o rapazinho.
Nota: 18/20
Exactamente o que também achei. Gostei muito e é um filme que não me tem saído da cabeça. Voltea e meia dou comigo a pensar nele.
ResponderEliminarTambém 18/20
Não conheço este filme nem este género de cinema. Talvez vá experimentar
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